terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dizer que a história é boa, já é spoiler - Parte 1




Eu ia começar fazendo uma introdução sobre o assunto, mas preferi mostrar este bate-papo com um amigo meu, cujo nome foi alterado. Precisava dizer? Enfim, eu coloquei o título desta postagem naquelas mensagens de status de bate-papos e este meu amigo colocou na dele algo do tipo: "O Oziel tem toda razão". No final eu colei, na conversa com ele, uma outra conversa que estava tendo com uma colega. Eis a conversa:


Eu: :)
Chandler Bing: ;) Mas é! Concordo. Já é spoiler.
Eu: Pois é... trailer e preview nem se fala!!!
Chandler Bing: Sinopse mal feita.
Eu: Vou até colar aqui o que to falando pro Ross: “Não sei se já aconteceu contigo. Eu lembro de ter acontecido uma vez comigo. Eu tava lá em casa, sem nada pra fazer... sem me programar para assistir ou fazer coisa alguma, a TV tá ligada... daí começou um filme que eu nunca havia ouvido falar. Não fazia a menor ideia do que tratava. Resumindo: não só achei o filme muito bom quanto a experiência em geral foi gratificante. De não saber nada antecipadamente. Desde esse dia tento repetir a experiência.”
Pode até ser um exagero meu, mas spoiler é qualquer coisa que te adiante a experiência, a sensação. Você iria sentir uma coisa e acaba sentindo menos.
Chandler Bing: Mas é. Isso é bom. Quem faz muito isso é meu pai. Ele para na frente da TV e diz: “vou ver um filme” e bota em qualquer um que esteja começando. Ele adora fazer isso.
Eu: hehe
Chandler Bing: Já eu, vejo a propaganda e boto pra gravar pra ver quando der tempo, mas aí já se foram metade das surpresas. É como se pegássemos o filme pela metade. É chato mesmo.
Eu: É. O problema é que se você for fazer isso de "entrar" numa história (HQ, livro, filme, game) sem saber nada vai se decepcionar na grande maioria das vezes. Então, às vezes um spoiler é menos decepcionante que a história em si.
Chandler Bing: Mas acho q vale à pena 1 boa de 100 ruins.
Eu: É.
Chandler Bing: Você levantou uma questão legal. Acho que vou fazer como meu pai faz: não vou olhar mais propaganda; quando tiver tempo, vou ver o próximo filme que vai começar.
Vamos iniciar um movimento, com a ideia de obrigar as TVs a colocar um alerta de spoiler em todas as propagandas e trailers de filme que passarem na programação. Aí estaríamos protegidos.
Eu: hehe
Chandler Bing: hehehe
Eu: Eu vejo informação sobre um história para me decidir se gasto meu precioso tempo com ela ou não.
Chandler Bing: Mas se for ruim mesmo a gente para na metade. Às vezes no início mesmo, hehehe.
Eu: No momento que decido, eu para de ver tudo à respeito. Tintim, por exemplo. Só me bastou ler que vão lançar o filme (isso há uns três anos atrás). Não preciso mais ver imagens, trailers, reviews.
Chandler Bing: É uma boa tática também.
Eu: Mas a indústria do spoiler só existe (como qualquer outra) porque tem quem consuma.
Chandler Bing: é verdade
Eu: Tem gente que não consegue segurar a ansiedade.
Chandler Bing: hehehe.
Eu: Os fãs de Harry Potter leem que vai sair um filme daqui um ano.
Chandler Bing: E os mesmos que não aguentam a curiosidade de saber, não seguram a língua pra contar. É como um vírus, vai passando de um pro outro numa velocidade incrível. Tudo que a indústria do spoiler quer.
Eu: Ah, e tem mais uma coisa aí. Percebi que muita gente se decepciona com uma história por causa de pré-informações. Que se transformam em expectativas que não são preenchidas.
Chandler Bing: É verdade. Isso acontece mesmo. Eu nunca vi Avatar, por exemplo, porque já me disseram mais ou menos como é e eu desisti de ver. Como diz o Ross: “eu me desempolguei” e não vi.
Eu: Então é como dizem por aí – Tem que se despir dos pré-conceitos. Tudo bem que, se eu sou fã da HQ do Homem-Aranha há 12 anos. Eu quero que o filme seja fiel à HQ. Eu respeito isso.
Chandler Bing: Mas o filme é a interpretação da HQ. E às vezes é difícil contar a historia, saga ou trecho do HQ em 2 ou 3 horas.
Eu: Ah, com certeza.
Chandler Bing: E fora q ele tem que colocar coisas pra vender o filme.
Eu: Pois é.
Chandler Bing: Então dá um trabalhão mesmo.
Eu: Em qualquer adaptação há perdas.
Chandler Bing: é
Eu: Seja HQ pra cinema, cinema pra jogo, etc. É como tradução. Mas isso de assistir com expectativas é pior numa história inédita como foi com Inception.

Phoebe: oi
Phoebe: bom dia
Eu: oi
Phoebe: tu leu o livro já?
Eu: qual?
Phoebe: Guerra dos tronos
Eu: to lendo
Phoebe: e a história é boa? Tu acha?
Eu: vc gosta de spoiler?
Phoebe: depende. Tem uns bem montados
Eu: ???
Eu: a história é boa, Phoebe.

Chandler Bing: hehehehe.  O que seria um spoiler bem montado? Um que não te fale nada sobre a história e nem a sua opinião sobre ela?
Eu: eu não sei se ela tá falando do spoiler de carro ou de um conceito novo de spoiler =P
Chandler Bing: hehhee

P.S.: Uma vintena vale como "aproximadamente uma semana"?

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Hello blog world

Testando 1, 2, 3...

Captain's log: 2013, march, 31:

Olá amigos do passado próximo. Muito bem-vindos ao Traveling in Mayonnaise, seu blog semanal, aproximadamente, de filosofia, teologia, música, cultura (essa tem várias sub-categorias), TI e tecnologia em geral. Afinal de contas, pra que viagens temáticas, se você pode se perder no profundo mundo non-sense?

Agradeço a todos vocês, cobaias que estão me ensinando a como escrever num blog (ou, a como escrever, ponto). Aliás, por enquanto recomendo fortemente desabilitarem detectores de apostos explicativos.

Bom, como comecei dizendo, isto é só uma passagem do som. Depois eu crio um blog decente, talvez. Aí vocês vão poder voltar aqui e me lembrar (leia-se "jogar na cara") como comecei.

Apesar de minha formação e trabalho como desenvolvedor é a primeira vez que faço algo do tipo. Então estarei sempre aberto a sugestões, críticas e questionamentos sobre inside jokes. Aliás, parágrafos muito curtos, hein? O que dizem os Fraudianos (com "a" mesmo) de plantão?

Warning: comentários sobre coesão e coerência causarão um disturbio no eixo co-lateral do universo em função da falta de senso paradoxal. A estes só me resta deixar uma imagem:

Eu sei, vocês viram a imagem antes de começar a ler. Isso tira o impacto cômico-dramático que pretendia. Alguém sabe dizer como eu crio posts com imagens sem esse efeito, hum, como eu posso chamar... spoiler, preview, auto-sabotador?

Eu realmente estou tentando parar de escrever e passar a imagem de "rascunho", mas mesmo assim vou tentar seguir (com moderação) esta dica de um dos meus blogs preferidos.

Ok, chega! Até porque a geração Y (relevem a imagem) não consegue ler algo tão longo e as outras, algo tão raso. A estes eu digo: não desistam de mim logo cedo, prometo escrever algo relevante para suas vidas a cada dois posts. Bem... quer dizer... vamos combinar que dois é (dois é???) muito, né? 5 já tá de bom tamanho. Não? 4?. Ok, 3 e não se fala mais nisso. Blz, então fica combinado que eventualmente vai ter algo (de novo essa palavra? oh, pobreza de vocabulário!) que preste. o famoso yesn-sense (nunca entendi o 'n' adicional). :D

Bom, eu gostei. E vocês? Não deixem de comentar.

Post mortem, digo, script, digo, scriptum, ah, sei lá (contrata-se um revisor a preço de banana; quanto tá a banana?): a data do post me relembrou RE3, mas não consegui achar a cena específica. Se alguém tiver mandem.



Fui...